domingo, 30 de julho de 2023

Competição nº 535 - RIO S21K 2023

Na manhã desse domingo dia 30 de julho de 2023, foi realizada  a Rio S21K, com os seguintes distâncias 21 Km e 5 Km. Prova realizada pela Norte MKT Esportivo.

Essa Meia maratona veio com o propósito aliando o  esporte, turismo e oferecendo ao corredor a oportunidade de bater seu recorde com um visual deslumbrante. Com largada no Leblon, passando por Ipanema, Copacabana, Botafogo e com a chegada no Aterro do Flamengo, essa meia maratona tem o percurso plano e rápido, entre outros pontos turísticos da cidade maravilhosa. Atualmente às Meias Maratonas realizadas na Zona Sul do Rio, depois do episódio da chuva na Av. Niemayer, todas as meias passaram a ter a largada no Leblon e foi assim com a Meia Maratona do Rio em junho, a Asics Golden Rio realizada no começo de Julho e essa S21K.
Kit da prova
O domingo amanheceu fazendo um friozinho, já Eu e o amigo Fabinho dividimos o carro de aplicativo, durante na ida começou a chover. Quando chegamos no Posto 12 do Leblon, por volta das 6 horas da manhã ainda escuro à chuva começou a aumentar e como ainda estava cedo, fiquei aguardando debaixo de um prédio local juntamente com outros Corredores, por volta das 6:30 horas à chuva tinha diminuído, fui guardar a minha mochila no Guarda Volumes, fiz um breve aquecimento e em seguida fui me posicionar no Pelotão Azul, logo atrás do Pelotão Quênia.

Às 6:55 horas da manhã já o dia clareando, graças à Deus não estava mais chovendo, foi dada à largada dos atletas Deficientes e à 7 horas em ponto foi dada à largada geral, liguei o meu GPS e o meu MP3 e lá fomos nós cada um no seu pace correndo em direção ao Aterro do Flamengo. Já que estava fazendo uma temperatura boa para correr a idéia era baixar o tempo final da última prova. Após percorrer quase 2 Kms, observei que no relógio digital da rua estava marcando 17 graus. Entre à largada no Leblon e Ipanema percorremos por cerca de uns 4 Kms, quando entramos em Copacabana percorremos mais uns 6 Kms, quando chegarmos em Botafogo, nesse bairro corremos por cerca de 2 Kms indo e voltando e finalmente pegando o Aterro do Flamengo, do outro lado ia passando às meninas Corredora de elite, pegamos o Aterro do Flamengo, não lembro em qual Kilometragem era, mas encontramos com a galera dos 5 Kms, não houve engarrafamento de corredores. Passamos correndo do lado do pórtico de chegada do outro lado do Aterro, passamos do lado do Monumento dos Mortos da Segunda Guerra Mundial, do Aeroporto Santos Dumont, 3 COMAR e fizemos o retorno no início da Praça XV, quando apareceu a placa de 17 Km era o momento de aumentar a velocidade, mas me deu uma dor na lombar do nada...putz...fui correndo do jeito que deu para correr, veio o KM 18, 19, 21 e finalmente finalizei os 21 Km em 1 hora 44 minutos e 29 segundos, no  625 lugar  geral e no 24 da faixa etária.🏃🏾‍♂️💨🇧🇷
Minhas Parciais por Km:
01° Km3 min 51 seg;
05° Km4 min 39 seg - 22 min 32 seg;
10° Km4 min 58 seg - 45 min 58 seg; 
15° Km5 min 01 seg - 1 hora  11 min 01 seg; e
21° Km5 min 04 - 1 hora 41 min 23 seg.
21,097°Km5 min 12 seg- 1 hora 44 min 29 seg.
Mais uma prova finalizada
Avaliação da Prova:
Inscrição: De R$ 150,00 reais à R$ 199,00 de acordo com os lotes, mais à taxa de administração do site. A minha foi gratuita. Muito obrigado amigo João Carlos...Ponto positivo;
Kit:  O kit foi distribuído para os corredores 2 dias antes antes da prova, num prédio de convenção ao lado da Prefeitura do Rio no bairro cidade nova. O meu Kit fui buscar na sexta-feira. Recebi: 1 sacola grande térmica reciclável, 1 camisa dry fit, 1 número de peito com o chip descartável colado no próprio número. Depois que recebi o meu kit, percebi que junto com o meu número de peito veio escrito Pelotão Branco ae vi que esse pelotão era o último a largar, entrei na fila novamente e perguntei para a atendente o porque me colocaram nesse pelotão? Se no momento da inscrição não havia opção.  Daí ela me perguntou se fazia tempo que eu não corria a prova dessa organização? Respondi que sim, ae ela me informou que por não ter corrido o sistema jogou direto para o último pelotão, porque não tinha resultado recente. Ae entrei rapidamente no site da Asics Golden Run e mostrei o meu resultado de 1h 42min, daí falei não tem como sai no último pelotão, ela falou que o resultado de outra prova não valia para essa, daí perguntei como assim? Se outras organizações aceitam? Daí ela chamou o seu supervisor dela, expliquei novamente e eles aceitaram o resultado, pediu o meu número e onde estava inscrito pelotão branco ela colocou uma etiqueta azul dizendo pelotão B. Esse pelotão larguei atrás  do pelotão Quênia, mas se soubesse nem teria falado nada com a atendnete porque na hora da largada todos ficaram misturados...Ponto positivo;
Guarda volumes: A organização disponibilizou alguns ônibus no Leblon para guardar nossos pertences Na entrega foi recebida de forma rápida mas na devolução deve ter demorado uns 10 minutos, mas não tive problemas...Ponto positivo;
Altimetria da prova: Leve...Ponto positivo;
Percurso da prova: Todo de asfalto, foi fechado o trânsito para os Corredores, à largada foi no Leblon, passamos correndo por Ipanema, Copacabana, Botafogo e Aterro do Flamengo, durante o percurso teve placas de Kilometragem e Stafss durante o percurso...Ponto positivo;
Posto de hidratação: A organização disponibilizou na largada vários postos de hidração com água em copos dágua fechado e gelados, 2 postos de distribuição de isotônicos em sacos fechados, 1 posto de distribuição de gel e na chegada mais 1 posto de água em copos fechados e gelados...Ponto positivo;
Posto médico: A organização da prova disponibilizou durante o evento (largada e chegada) ambulâncias com equipe médicas e enfermeiros...Ponto positivo;
Banheiros: A organização disponibilizou na largada e na chegada vários banheiros químicos...Ponto positivo.
Lanche: Na chegada recebemos somente 1 saco de isotônico e somente bananas à vontade, sugiro que tenha mais um item de frutas, por exemplo maçã, para mim não foi problema, mas ouvi umas corredoras reclamando...Ponto positivo;
Medalha de participação: Todos os atletas que cruzaram a linha de chegada de forma legal, receberam uma linda medalha. A Rio S-21K ofereceu 4 medalhas por performance e com cores diferenciadas. Medalha Black Platoon para quem fechou até 1h 30min. Medalha Gold Squad (entre 1h35 e 1h45, Medalha Red Crew (entre 1h45min e 2horas), Medalha Blue Gang (acima de 2h). Já eu que fechei com 1hora 44 minutos recebi a Medalha Gold Squad, na frente da medalha vindo escrito o S nome da prova, a distância, vindo escrito o percurso o ano 2023, atrás nada escrito e vindo com uma fita personalizada...Ponto positivo;
Premiação da prova: A organização premiou os 3 primeiros colocados no geral Masculino e Feminino com troféus...Ponto positivo;
Premiação na Faixa Etária: Não teve...Ponto negativo;
Resultado da prova: A organização disponibilizou em seu site www.rios21k.com.br...Ponto Positivo;
Prova: Essa foi a minha primeira participação nessa prova. Essa Meia maratona veio com o propósito aliando o  esporte, turismo e oferecendo ao corredor a oportunidade de bater seu recorde com um visual deslumbrante, com o percurso plano e rápido. Não consegui baixar o meu tempo, mas gostei de correr essa prova e recomendo a correr.
Parabéns a todos atletas que participaram dessa prova.🏃🏾‍♂️💨🇧🇷

segunda-feira, 17 de julho de 2023

sexta-feira, 14 de julho de 2023

Relato do atleta Alexandre Castello Branco sobre a BADWATER

REVANCHE NA BADWATER: 217KM DE SANGUE, SUOR E LÁGRIMAS
Por Alexandre Castello Branco

04 de julho de 2023. Após um longo ano, lá estava eu e minha equipe novamente no Vale da Morte, prontos para encarar os 217km da Badwater, corrida mais difícil do Mundo. Em 2022 o deserto e o calor me venceram e tive que abandonar no km 120. Tristeza, decepção, insegurança, raiva. Muitos sentimentos vieram à tona e me perseguiram por um bom tempo. Até que resolvi me inscrever no processo seletivo e tentar a sorte novamente. E deu bom, fui sorteado de novo!

Enquanto toca o hino dos Estados Unidos antes da largada, reflito sobre tudo que passei para estar nesse momento pronto para começar a correr. Depois de ser selecionado novamente, o que por si só já foi uma vitória, passei meses fazendo tudo que pude para mudar o resultado final dessa vez. Não foi fácil. Manter a disciplina, treinar duro, fazer escolhas, tudo isso fez parte da minha rotina por pouco mais de 4 longos meses. E sim, a insegurança e o medo de falhar novamente ainda rondavam minha cabeça.

Aliás, pausa rápida para apresentar o time, que esteve presente durante todo o planejamento da prova e junto comigo no Vale da Morte: Beto Noval, meu amigo/irmão desde sempre, e chefe de equipe pela segunda vez na Badwater. Gustavo Castello Branco (Gusta), meu primo e amigo desde sempre, que também esteve comigo ano passado e esse ano veio afiado para correr junto comigo, e Mike Salgado, meu grande amigo/irmão que provavelmente já encarou mais furadas esportivas ao meu lado do que qualquer um. E na “Central de Operações” no Brasil, a Joyce, minha esposa, que me conhece mais que qualquer um e fazia a ponte entre o que acontecia na Badwater e a massa incrível de amigos que estavam acompanhando e torcendo daqui. Esse foi o meu Dream Team. Eles mereceriam um capítulo à parte, mas ao longo do relato vocês ouvirão muitas vezes os nomes deles.
Team Xandi na Badwater 2023
Go! Começou! Larguei na primeira onda, às 20h (haveria mais duas depois), ainda claro, num visual lindo do sol se pondo. Dessa vez estava quente, fazendo 45 graus, mas senti que estava mais “agradável” que o ano passado. Esse trecho inicial seria de 29km com poucas subidas até Furnace Creek, um dos primeiros pontos de controle da prova. Em 2022, senti que parei demais junto ao carro de apoio e um dos ajustes para 2023 foi tentar ser mais eficiente nesse sentido. Correr confortável e parando menos possível. A estratégia deu certo e cheguei no primeiro ponto de controle bem melhor que o ano passado. Estava tão bem que cheguei nesse ponto em terceiro lugar da minha onda, entre 38 que largaram juntos. Bom sinal! O único porém foi o primeiro vômito da prova, quando engasguei com os chips de mandioca que tinha separado pra comer. Faz parte. Coloca tudo pra fora e segue em frente!

A seguir viria uma reta infinita, o sol nascendo e o início de uma subida muito longa de aproximadamente 28km. E a partir de Stovepipe Wells (km 68), eu poderia ter um pacer ao meu lado, o que me daria um gás a mais.
A "BARRIGA DA BESTA"
Cheguei em Stovepipe com o dia nascendo, ainda “fresco”. Em 2022 cheguei nesse ponto com o sol machucando já! Pit stop rápido para comer, passar protetor solar, comer um fenomenal purê de batata e seguir em frente. A subida, que não terminava nunca e parecia sem fim, ia ficando cada vez mais para trás e o ponto de corte mais puxado da prova se aproximava. Chegamos com sobra e inteiros, o que elevou nosso moral! O dia estava esquentando, mas ainda estava longe do que pegamos ano passado e não queríamos perder muito tempo ali e “gastar nossa sorte”.

Esse próximo trecho, até Panamint Springs, seria o mais importante para mim. Foi nesse ponto que tive que abandonar ano passado, após pegar 60 graus no trecho conhecido como a “Barriga da Besta”. Eu e a minha equipe passamos meses traçando a estratégia para esse ponto e pensando em como ultrapassá-lo dessa vez, com o menor dano possível. Estávamos muito focados, ia ser ruim nos derrubar de novo. Passamos direto, sempre com toalhas geladas encharcadas em volta da cabeça, para minimizar o calor, que aumentava cada vez mais. Nesse trecho o time estava entrosado demais, foi bonito de ver. Todo mundo focado, trabalhando em conjunto para sair daquele buraco o quanto antes. E ainda tivemos a sorte de ver dois jatos do exército passando rasante pela gente, num barulho ensurdecedor. Irado!

Quando cheguei no ponto de controle, o mesmo que abandonei em 2022, inteiro e ainda cheio de energia (e fome!), senti que havíamos ultrapassado uma barreira psicológica importante demais. Parei para comer, me hidratar e ir ao banheiro. Sim! Também vamos ao banheiro numa ultramaratona! Ainda tomei um sorvete de chocolate fantástico, um dos melhores que já comi na vida (pelo menos esse foi o meu sentimento na hora).

A partir de agora, tudo seria novidade para mim. Começava uma nova Badwater para o Team Xandi.
UMA NOVA BADWATER PELA FRENTE
Depois que passamos do ponto que desisti ano passado, era hora de encarar o desconhecido. Já havíamos passado pelo percurso de carro, claro, mas passar correndo é outra coisa. Troquei de tênis porque já começava a sentir um incomodo nos dedinhos, bem na lateral. Com o impacto constante nos pés e o asfalto quente (bem quente!), os pés acabaram inchando mais que o normal, fazendo com que o atrito com o tênis fosse cada vez maior. Mas tudo controlado. Ou pelo menos eu achava que sim.

O próximo trecho seria mais uma vez com uma subida super longa, sinuosa e estreita. O calor que não pegamos na Barriga da Besta, resolveu surgir ali, maltratando o corpo. Coloquei uma camisa de manga comprida para me proteger melhor e seguimos em frente. Além de íngreme, as subidas eram meio “curvadas”, tipo aquelas pistas de Nascar, o que maltratava ainda mais meus dedos. Dava vontade de correr de lado, igual siri.

No meio da subida, percebemos que o gelo não duraria até Lone Pine, próximo local que haveria qualquer estrutura de apoio. Ficaríamos umas 15h sem contato com nada e ninguém, e certamente ficar sem gelo nos traria sérios problemas. Subi com o Gusta até o topo, enquanto o Beto e o Mike desceram novamente até Panamint Springs para reabastecer os coolers. Nos encontramos lá em cima, no canyon onde o exército treina com seus caças e a cena era surreal. Algumas equipes estavam trancadas no carro, no ar-condicionado, aguardando seus atletas. Outras do lado de fora tirando fotos e uma em especial estava ALUCINADA, dançando com a música alta, como se estivessem numa festa. Seria aquilo real ou uma alucinação?

Depois do topo, subimos mais um pouco e depois começamos a descer. Nesse ponto, os pés já estavam doendo, as bolhas dos dedinhos incomodando e o cansaço batendo.

E ainda faltavam mais de 70km para o fim.
CANSAÇO, BOLHAS E MAIS UMA NOITE SEM DORMIR
O cansaço havia chegado. E estávamos entrando agora na segunda noite da prova, geralmente a mais difícil. É quando o corpo começa a reclamar e dar sinais de que algo não está certo. “Você tá de sacanagem que vai virar OUTRA noite correndo né?” Mas seguimos.

Nesse ponto, já estava com duas “vomitadas” de saldo, mas super tranquilo ainda e conseguindo comer tudo menos o “kit salgados” que havíamos preparado com tanto carinho dois dias antes. O corpo resolveu rejeitar as comidas que eu havia comido inúmeras vezes nos treinos, vai entender.

Antes de começar uma descida longa, pausa para uma mini cirurgia nos pés, feita pelo mais novo especialista em bolhas, Mike Salgado, meu pacer e agora enfermeiro também. A situação já estava começando a ficar feia, as dores cada vez maiores e como encararíamos um trecho longo com descidas ainda, foi preciso proteger melhor os pés.

Curativos feitos, engole a dor e segue em frente. Descemos bem, numa velocidade boa, acima do que eu achei que conseguiria inclusive. Mais para frente, o Gusta entrou e num período de alguns quilômetros, entrei numa zona maluca que comecei a correr forte, como se estivesse começando a prova naquele momento, balbuciando coisas sem sentido, gritando, falando uma língua que certamente não existe. Quem já fez apoio para mim em algum momento conhece bem esse momento estranho.

Depois disso chegamos na pior parte da prova para mim. Na edição desse ano foi preciso fazer um desvio porque nevou muito no topo das montanhas e com o calor intenso do verão, a água desceu e simplesmente inundou um trecho inteiro da corrida. Eram 24km de uma reta infinita, de madrugada, e por incrível que pareça, frio, cortesia dos ventos que vinham direto das montanhas à nossa frente. Ali foi meu ponto mais baixo da prova. Tive que cortar a lateral do tênis porque o dedinho não cabia mais. Mal conseguia andar e precisava parar pra sentar a cada 1.6km, marcados religiosamente pela equipe de apoio. Sabia que estava cada vez mais próximo do fim, mas ali bateu um desânimo grande.

Sentei mais uma vez na cadeira, abaixei a cabeça, pensativo. Mike veio e me deu um abraço. Engoli o choro, levantei e segui. Era tudo que eu precisava naquele momento.

O fim estava próximo, mas ainda faltava a meia maratona mais difícil do Mundo pela frente.
SUBINDO ATÉ O MONTE WHITNEY
O dia nasceu, chegamos em Lone Pine e tive minhas energias renovadas. Vencemos a segunda madrugada! Agora só mais 21km até o fim. Ali, mais do que em qualquer momento, sabia que terminaria a prova. Só se minha perna caísse eu não cruzaria aquela linha de chegada. Mas ainda tinha uma montanha para subir.

Naquele momento, olhando pro meu tempo de prova e fazendo uns cálculos rápidos (dentro do possível, no estado em que eu me encontrava), achei que poderia buscar um objetivo secundário ainda, que era fechar a corrida em menos de 40 horas. Seria difícil, não poderia perder muito tempo e teria que seguir constante até o fim, mas vai que dá né? Foi bom ter uma motivação extra para me agarrar nessa reta final.

A subida não dava refresco, ia ficando cada vez mais íngreme, e meus pés resolveram doer de uma forma que eu nunca tinha sentido antes. Nem sei como estava conseguindo ficar em pé, eu chegava a gritar de dor. Em um determinado momento, pedi para entrar no carro, que estava estacionado no acostamento, e quando entrei, desabei no choro, do nada. Nem precisei ver um dos vídeos com mensagens de apoio de uma galera top que minha equipe havia preparado. Chorei de solucionar, querendo desabafar tudo que estava sentindo no momento. Misto de alegria, cansaço extremo, dor (muita!), tudo. Costumo ficar muito no estado bruto, à flor da pele no final dessas provas muito longas. Foi ótimo desabafar. Minha equipe me abraçou, nos motivamos e falamos juntos: “Vamos acabar essa merda logo!”. Que momento foda! Amo minha equipe!

Logo em seguida, vimos uma atleta um pouco à frente e eu e Gusta nos entreolhamos e decidimos que tiraríamos uma força do fundo do baú para passá-la. Cada pequena motivação extra era motivo para pensar um pouco menos nas dores absurdas que estava sentindo. Como estava muito íngreme, passamos caminhando rápido e logo em seguida decidi começar a correr, como se estivesse zerado, com 215km nas costas já, até dar uma “distância de segurança” dela e parar. Se ela tinha alguma esperança em me alcançar ainda, ela evaporou depois dessa corridinha que tirei força não sei de onde para dar. Meu espírito competitivo não se aguentou ali! Ahahah

Nos quilômetros finais, senti que me aproximava cada vez mais, mas não chegava nunca! Cadê essa linha de chegada?? Quando finalmente vi a faixa e minha equipe de apoio me esperando para fazer juntos os 100m finais, desabei no choro de novo. Sabe aquela história de passar um filme pela cabeça? Então, ali passou, desde o ano passado, quando tive que abandonar, até todo o sacrifício que fiz para chegar até ali, naquele momento, realizando um sonho. 

Cruzei a linha de chegada em outro planeta, em êxtase, e nos demos um abraço final para fechar a incrível e louca jornada que tivemos. E fechei sub-40h, em 39h56min. Que loucura! Achei que não poderia ficar mais feliz que isso, mas quando peguei meu celular, depois de dois dias sem mexer nele, e vi a animação e quantidade de mensagens LINDAS que meus amigos e familiares estavam trocando no grupo, fiquei novamente emocionado. Vocês são incríveis!

Preciso fazer também um agradecimento especial aos apoiadores que estiveram do meu lado e acreditaram em mim e na minha equipe. Certamente vocês têm um pedaço dessa conquista. Wollner, GU, Blu, UV Line, Pacco, YOPP, Nestravel e Café Soar, OBRIGADO. Espero que estejamos juntos em loucuras futuras. E ao meu treinador, Kiko Ottoni, que gosta de uma cilada tanto quanto eu e me deixou pronto para o deserto.

No final, o melhor disso tudo não é a corrida, os 217km (no relógio deu 221km!) ou as montanhas que subimos e sim as pessoas que estão à nossa volta e fazem parte da jornada contigo. 

E isso, desculpe, eu tenho as melhores ao meu lado.

Badwater, sou mais a gente! Nos vemos nunca mais! Sera?
 

quinta-feira, 13 de julho de 2023

Formas de aproveitar o Rio de Janeiro sem pagar nada (Ou quase isso)

O Rio de Janeiro tem uma paisagem linda e paradisíca incomparável e é um dos fortes motivos pelos quais ela é chamada de Cidade Maravilhosa, também muita conhecida no exterior. Praias, parques, trilhas, reservas e cachoeiras são as opções preferidas de quem gosta de curtir. Tem muitas opções para curtir, abaixo uma lista de vários lugares no Rio sem pagar nada ou quase isso.

1)Trilha do Parque Estadual da Pedra Branca;
2)Trilha da Pedra Bonita;
3)Pista do Claudinho;
4)Feira do Rio Antigo (Todo primeiro sábado do mês);
5)Catedral de São Sebastião;
6)Mureta da Urca;
7)Parque das ruínas;
8)Cachoeira do Horto;
9)Museu do Amanhã (Gratuito às terças);
10)Praça Mauá ;
11)Museu de belas artes (Grátis ao domingo);
12)Paço Imperial;
13)Biblioteca Nacional;
14)Samba do Ouvidor;
15)Ilha da Gigoia (Custo do barco R$2); 
16)Arcos da Lapa;
17)Pedra do Sal (Toda segunda-feira);
18)Vista Chinesa;
19)Trilha do Morro Dois Irmãos;
20)Feira Hippie de Ipanema (Todo domingo); 
21)Lagoa;
22)Mirante do Leblon;
23)Aterro do Flamengo;
24)Bosque da Barra;
25)Palácio do Catete (Gratuito aos domingos); 
26)Mirante da Paz;
27)Arpoador;
28)Parque da Catacumba;
29)Mirante Penhasco dois Irmãos;
30)Instituto Moreira Sales;
31)Forte de Copacabana (Entrada R$2);
32)Centro da Cidade;
33)Centro Cultural Banco do Brasil;
34)Mirante Pasmado;
35)Quinta da Boa Vista;
36)Parque Lage;
37)Mirante Dona Marta;
38) Pedra do Telégrafo; 
39) Praias Selvagens (Perigoso, Meio, Funda, Inferno e Tartaruga);
40)Subida do Mendanha;
41) Subida do Vulcão
42) Parque Municipal do Mesquita; e
43) Parque Municipal de Nova Iguaçu.

Boa diversão!!!

quarta-feira, 5 de julho de 2023

Memórias de um Corredor - Parte 58 - Longão pós a Meia Asics Golden Rio

 Após competir nos 21 Km da Meia Asics Golden Rio, fiz um treino  longoino só que dessa vez não foi correndo como das outras vezes e sim simulando uma caminhada longa do Aterro do Flamengo até em casa em Marechal Hermes. Esse treino foi para a Cassino Ultra Race 460Km que será a partir de 20 de setembro de 2023.  CONFIRA O VÍDEO.💪🏽.🏃🏾‍♂️💨🇧🇷

Competição nº 534 - Asics Golden Run 2023

Na manhã do domingo do dia 2 de julho de 2023, foi realizada  uma das principais provas do circuito de Meia Maratona do Brasil a Asics Golden Run, com os seguintes percursos de 21 KM e 10 Km. Prova organizada pela Vega Esportes
Kit da prova
Cheguei no local da prova (Posto 12 do Leblon) às 4:36h da manhã, acabei chegando cedo porque não tinha trânsito, ainda escuro, fazendo um pouco de frio, onde já se encontrava vários atletas na orla do leblon. Perguntei para um doos staff cadê os banheiros químicos? Um deles me respondeu, está chegando, pois está no trânsito da Av. Brasil...Misericórdia vai mentir assim lá no raio que parta, fui para essa prova de carro de aplicativo e passou por essa via e não havia nenhum engarrafamento...putzzz, com o atraso dos banheiros vi muitos atletas muitos (homens e mulheres), fazendo suas necessidades na areia da praia. Os banheiros chegaram às 5 horas da manhã e foram poucos que se formaram longas filas. Tão logo guardei minha mochila no guarda volumes fui fazer um aquecimento, correndo trotando uns 15 minutos e logo em seguida fui para a linha de largada.
Antes da largada
Entrei no Pelotão A, logo atrás dos atletas da elite, a temperatura estava fazendo uns 17 graus, fazendo um bom tempo para correr. Às 5:50 horas foi dada à largada dos atletas Deficientes, às 5:50 horas foi à largda da Elite Feminina e às 6 horas foi a vez do Pelotão de Elite e demais Pelotões (A, B, C, D e E) por ondas. Dada à largada, liguei rapidamente o GPS e lá fomos nós tods correndo cada um no seu pace. A estratégia era diminuir o tempo da última meia realizada no Desafio da Maratona do Rio. Fui correndo no pace entre 4 min 20 seg a 4 min 30 seg. Saímos do Leblon, passando por Ipanema e quando chegamos em Copacabana o dia estava clareando, a corrida estava fluindo bem, no Km 9 saiu um pace de 3 min 58 seg...eitaaa...bem forte, saímo de Copa e passamos por Botafogo, chegando na entrada do Aterro do Flamengo corremos uma parte no aterro por alguns Kms e retornamos até Botafogo onde tinha um retorno e começamos correndo novamente no inicio do Aterro por outro lado. Quando chegamos lá pelo Km 12 ali no Monumento Estácio de Sá, encontramos com a turma que já estava correndo os 10 Km no Aterro, a partir dai foi quem se salve na prova os Corredores dos 10Km tomaram toda a extensão aterro e inclusive muitos caminhando o que dificultou muito para quem estava correndo 21 Km na total velocidade para tentar baixar o pace, a todo instante gritava para os corredores que estavam caminhando ou correndo devagar, foi inevitável alguns trombamentos e olha que gritava, teve um bom pedaço do percurso, que fui correndo em zig zag, teve um certo momento que eu e outros corredores do 21K, corremos pelo lado de faor da grade e os staffs gritavam para nós corressermos por dentro, só que não tinha como manter a velocidade do lado que estava os corredores lentos, passamos correndo ao lado do Aeroporto Santos Dumont e quando chegamos no início da Praça XV próximo ao túnel, retornamos pelo outro lado do Aterro até a linha de chegada, finalizando o GPS marcando 21,42 Km em 1 hora 42 minutos e 36 segundos.🏃🏾‍♂️💨🇧🇷
Minhas Parciais por Km:
01° Km4 min 21 seg;
05° Km4min 45 seg - 23 min 02 seg;
10° Km4 min 54 seg - 46 min 43 seg; 
15° Km5 min 00 seg - 1 hora  11 min 16 seg; e
21° Km4 min 49 - 1 hora 42 min 31 seg.
Mais uma prova finalizada
Avaliação da Prova:
Inscrição: R$ 199,00 reais mais taxa de administração do site. Dessa vez não teve jeito tive que pagar mas cada vez mais as inscrições estão ficando cara, ainda mais com essa taxa de administração cobrada aos corredores que não tem nenhum benefício para o corredor...Ponto negativo;
Kit:  O kit foi distribuído para os corredores 3 dias antes antes da prova num shopping da zona sul.  O meu Kit fui buscar na sexta-feira. Recebi: 1 sacola reciclável, 1 camisa dry fit, 1 número de peito com o chip descartável colado no próprio número, 4 alfinetes, 1 cerveja em lata e um lata de energético...Ponto positivo;
Guarda volumes: A organização disponibilizou uma tenda para guardar nossos pertences no Leblon e outra no Aterro do Flamengo. Tanto na entrega como na devolução, sendo recebida e entregue de forma rápida e não tive problemas...Ponto positivo;
Altimetria da prova: Leve...Ponto positivo;
Percurso da prova: Todo de asfalto, onde começamos correndo no Leblon passando por Ipanema, Copacabana, Botafogo, Aterro do Flamengo, Prpercorremos 2,37 Km e retornamos tudo novamente, percurso com o trânsito fechado para os corredores e com Staffs durante o percurso...Ponto positivo...Sugiro que na próxima edição que a organização coloque grandes, cones ou fitas separando os Corredores das duas distâncias no Aterro, foi muito ruim ter que ficar correndo desviando de vários corredores;
Posto de hidratação: A organização disponibilizou na largada 1 posto de hidratação de água, durante o percurso vários postos de hidração com água em copos dágua fechado e gelados, 2 postos de distribuição de isotônicos em copos abertos, 1 posto de distribuição de coca cola e na chegada água e recebemos 1 garrafa de isotônico...Ponto positivo;
Posto médico: A organização da prova disponibilizou no evento várias ambulâncias com equipe médicas e enfermeiros...Ponto positivo;
Banheiros: A organização disponibilizou na largada, durante o percurso e na chegada vários banheiros químicos...Ponto positivoSugiro a organização que reveja esse atraso dos banheiros químicos na largada, além de terem colocados poucos, atrasou;
Lanche: Na chegada recebemos 1 banana e 1 maçã...Ponto positivo;
Medalha de participação: Todos os atletas que cruzaram a linha de chegada de forma legal, receberam um lindo medalhão de metal personalizado na frente vindo escrito o nome da prova, o ano e o desenho do ponto turístico o Pão de Açúcar, atrás vindo o desenho da marca Asics e vindo com uma fita personalizada escrito o nome da  prova...Ponto positivo;
Premiação da prova: A organização premiou os 5 primeiros colocados no geral Masculino e Feminino com troféus e dinheiro...Ponto positivo;
Premiação na Faixa Etária: Não teve...Ponto negativo;
Medalha TOP 100: A organização premiou os 100 primeiros colocados, no masculino e feminino com medalha diferenciada. Essa premiação foi até os Corredores que correram até 1 hora 30 minutos e 08 segundos...Forte demais. Diferente dos anos anteriores que a medalha era na cor dourada esse ano a Medalha TOP 100 foi na cor toda preta...Ponto Positivo;
Resultado da prova: A prova foi cronometrada pela Cronomax, foram colocado 3 tapetes de cronometragem (1 na largada, 1 durante o percurso e mais 1 na chegada), todos Corredores puderam conferir o seu resultado na hora com seu celular, tirando foto do QR CODE no próprio número e também foi divulgado no mesmo dia no www.cronomax.com.br...Ponto Positivo;
Prova: Essa prova começou em 2011 à largada era na Barra da Tijuca e com chegada no Aterro, porém mudou o percurso devido os acidentes da chuva na Av. Niemayer. Antes a prova era organizada pela ASICS e Iguana Esportes, mas teve mudança na empresa e agora é Vega Sports. Agora com o percurso largando no Leblon essa prova ficou conhecida por ser uma prova rápida, com o percurso plano para que os corredores buscassem seus recordes pessoais pelas ruas da zona sul do Rio. Eu ja corri essas provas em 2011, 2012, 2013, 2014, 2015, 2016 e retornei a correr esse ano. O meu melhor tempo foi na terceira edição em 2013, correndo em 1horas 34min 08 seg. Tentei diminuir o tempo que era de 1h 42min na Meia Maratona do Rio do mês passado, mas não consegui diminuir, fazendo novamente 1h 42min. Tirando o lance dos banheiros na largada e principalmente a divisão dos corredores das duas distâncias, gostei de correr essa prova. Espero correr novamente e baixar o tempo para conseguir a Medalha TOP 100.

Parabéns a ASICS, a Vega Sports pela organização dessa prova e a todos atletas que participaram dessa prova.🏃🏾‍♂️💨🇧🇷